Estamos perto do dia da Revolução Liberal, que teve início a 24 de Agosto de 1820 e que arrancou no Porto, liderada por Fernandes Thomaz.
A Figueira, a terra natal do maçon e Patriarca da Liberdade Manuel Fernandes Thomaz, tem uma larga tradição histórica de maçons, e de lojas maçonicas, que ainda hoje mantêm a sua actividade.
Ironicamente, também lhe chamam "mercearias", e aos elementos destas agremiações - merceeiros ou marçanos do avental.
Existe uma tendência, para desvalorizar o "poder" destas organizações secretas. ´
Na realidade, as figurinhas que algumas personagens trágico-cómicas fazem, todos os anos, nas comemorações do dia 24 de Agosto, em frente à estátua do Patriarca da Liberdade, na Praça Nova, servem para desacreditar a organização secular, a que Homens como o ilustre figueirense Fernandes Thomaz pertenceu e honrou, ainda que para isso tivesse que morrer na miséria e à míngua.
Tal como o Patriarca, a Figueira está malfadada por maus merceeiros, que a vão retalhando em maldades.
É ver nascer como cogumelos lojas e hipermercearias em zonas ambientalmente proibitivas.
- É o poder! Dizem!
- Qual poder? O politico? O económico? O Secreto? Qual deles?
- Todos! Dizem!
- É o poder do Belmiro? Do Soares dos Santos? Do Continente? Do Pingo Doce? Qual deles?
- Todos! Dizem!
- E, a oposição?
- Todos! Dizem!
- Então, são todos merceeiros do avental? Na Câmara, nas Juntas, nos grupos económicos, nos partidos, são do avental?
- Todos, mais ou menos! Todos são iguais, mas alguns são mais do que outros!
- Como assim?
- Uns são do pingo doce e outros do continente...
Outros, ainda, são de Coimbra, da Figueira, mas os de Montemor são mais iguais, dos que os demais.
Acham, que vão acabar à míngua como o Patriarca?
Jamais! Estes são marçanos dos aventais e dos metais.
- Dizem!
Nota de rodapé.
Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência, para quem acredita em coincidências.
Aqui é pura ficção.
E, já agora, tem valido a pena ir aos fados na praça 8 de Maio.
Por isso, no dia 24 de Agosto, não faltem a mais uma "missa" anual em honra do Patriarca, que tal como nós, figueirenses, não tem culpa.
Como sabemos, são os franceses, que votam nestes tipos...
O que é uma chatice!..
Tal como a finitude...
UM CONTEÚDO PRODUZIDO PELA ANC-CARALHETE NEWS
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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